Thursday, March 22, 2007

Reunião de Consórcio em 9 de Março de 2007

A C T A
Ordem de Trabalhos:
1.Informação sobre o roubo dos computadores e diligências tomadas
2.Decisões a tomar

Presentes:
Célia Marques (CM) - CML
António Ferro (AF) - Junta de Freguesia
Silvia Baptista – Agrupamento de Escolas de Sacavém
Padre Valentim (PV) - Paróquia
Irmã Glória (IG) - Irmãzinhas de Jesus
José Costa Ramos (JCR) - Coordenador do Projecto
Catarina Camacho (CC) - Colaboradora do Projecto
David Melo (DM) - Colaborador do Projecto
Maria do Carmo Piçarra (MCP) – Colaboradora do projecto
Carla Mendonça (CM) – Estagiária do GARSE

1. JCR informou que, na sequência do roubo, estamos a diligenciar no sentido de operacionalizar o seguro apesar deste não estar validado e que a polícia esteve cá imediatamente na sequência do assalto (de 2ª para 3ª) e a PJ (4ª) para tirar impressões digitais.
Leitura de “Carta Aberta a um(a) Vizinho(a)”, que traduz a perplexidade da equipa face aos últimos acontecimentos, e será lida por Floresbela Mendes Pinto na reunião com a população no domingo, dia 11.
JCR disse que sabemos que os roubos são feitos por uma minoria, com o consentimento – através do silêncio –, de todos os outros. A reunião com a população servirá para apurar se esta tem interesse na continuidade do projecto e o que está disposta a fazer para a sua continuidade. Sem uma manifestação afirmativa e clara é, para a equipa do projecto, impossível continuar. O coordenador comunicou que, na sequência de uma reunião de equipa, ficou decidido que esta deixa o projecto no dia em que houver ameaças à integridade física de qualquer dos colaboradores.
SB pediu informação sobre a receptividade do projecto quanto ao Apoio Escolar. Catarina Camacho adiantou que há 52 inscritos nas actividades e cerca de 20 pessoas que beneficiam informalmente, sem inscrição. Explicou que a participação dos pais tem sido feita através da visita por estes ao apoio escolar e que aqueles que não o fazem foram visitados, sempre que possível, pelos responsáveis pela equipa. Ao nível do CID@Net, David Melo explicou que houve uma grande adesão aos computadores – os antigos, reciclados - que foi potenciada com a chegada dos novos. MCP avançou que a Lojinha do Cidadão já foi assumida pela população e que isso se traduz num grande aumento de pedidos diários de ajuda. Também ao nível de “A Voz da Quinta”, o projecto está a correr bem, contando o blogue com a colaboração de alguns jovens e, desde a criação do CID@NET, com a de várias crianças. JCR sublinha o trabalho de atracção do grupo de jovens (cerca de 30 a 50) entre os 18 e os 24 anos, através da criação de um spot e da angariação de um patrocínio da PT de 4 mil euros para vedar e iluminar o campo de futebol. CC acrescentou informação sobre o início da activação do GIA, bem recebido pela população.
CM disse que não nos devemos surpreender com o ocorrido e é da opinião que nos estão a tomar o pulso. Afirma a necessidade de impôr e ganhar o respeito e passar esses mesmos valores.
AF perguntou se toda a gente está informada sobre o projecto. JCR esclareceu que foi feita uma apresentação do projecto no Natal e que a apresentação tem sido continuada através dos contactos directos. A irmã Glória informou que, segundo o que apurou em contactos com a população, nem todos conhecem o À Bolina.
SB perguntou qual é o posicionamento do Escolhas àcerca do sucedido ao que JCR respondeu dizendo que terá de ser o consórcio a activar o processo de informação sobre o sucedido e que o regulamento prevê ser o projecto o responsável pelos equipamentos.
AF sugeriu contactos com empresas para pedir computadores.
O PV sublinhou que a caminhada do À Bolina é “airosamente só” e que o trabalho de informação da população não se faz de imediato, é um processo. Sugere que também é preciso agarrarmos o pulso à população. O sucedido deve servir para que seja feita uma reflexão. Com a reunião de domingo, o projecto será assimilado por mais algumas pessoas mas não por toda a população.
AF sugere que se faça uma circular a informar a população sobre o que é o projecto. CM propõe uma festa. SB sugeriu que a “Carta” fosse assinada por toda a equipa e achou que esta manifesta uma imagem muito negativa do bairro. CM discordou, dizendo que se deve tomar o pulso à população.
JCR informa que nessa manhã foi assinado um protocolo para a criação de uma UNIVA e que a reunião de dia 11 não servirá para a apresentação do projecto por nós mas para os pais e os utentes do projecto terem voz sobre os serviços prestados.
SB percebeu que será perguntado à população se quer que o projecto continue. Acha errado porque na sua opinião a equipa deve continuar a trabalhar mesmo sem computadores. Há um trabalho feito que não deve perder-se. Propôs, no que foi secundada por CM, uma recolha de fundos.
SB afirmou que a pergunta que se quer fazer à comunidade sobre continuidade do projecto fragiliza a equipa. SB e CM sugeriram que o facto de nada ter sido vandalizado é um sinal de respeito pelo projecto. MCP respondeu que o que se pretende com a reunião de domingo é uma co-responsabilização. A pergunta não é de fragilidade mas de afirmação de energia, de pedido de envolvimento da comunidade. JCR disse que uma coisa má deve ser transformada em boa. Deve resultar numa maior apropriação do projecto. Como MCP referiu as pessoas calam-se hoje relativamente a situações graves do ponto de vista humano. Face à pergunta de SB sobre a possibilidade de não aparecerem pessoas ou não se manifestarem respondeu que temos de assumir o risco porque o projecto é instrumental.
2. SB perguntou, no âmbito do consórcio, que decisão deveria ser tomada sobre a continuidade. CM disse que não via porque não continuar. O sucedido é um percalço e afirmou ter a certeza que quem for à reunião o fará porque acredita no projecto. Sublinhou, porém, que este é o primeiro contratempo e haverá outros. SB diz que também acha que se deve continuar o projecto. 53% dos alunos inscritos na Bartolomeu Dias tiveram positiva no primeiro período e há a expectativa de que o desempenho continue a melhorar. PV julga que este momento é uma oportunidade para envolver a comunidade, para consciencializá-la. Cada vez esta população é menos livre porque está sitiada pelo medo. Não põe naturalmente em causa a continuidade do projecto mas julga que isto é uma oportunidade para este e para a vida da comunidade.
CM sugeriu uma angariação de fundos assumida pela população, com um quadro que vá prestando informação sobre o montante apurado. AF assumiu a continuidade do projecto. SB e CM sugeriram ao À Bolina um maior envolvimento do consórcio no projecto. CM lembrou a importância do fornecimento das actas para informação dos membros. SB lembrou, por sua vez, que o pagamento anual do seguro é responsabilidade do consórcio.
JCR referiu que o centro neste momento é a reavaliação do projecto. Há aspectos qualitativos que são essenciais e não foram considerados. Neste sentido, e após três meses de trabalho intenso, é necessário afinar aspectos do “À Bolina”. SB disse que a equipa tem de sentir que o consórcio é nosso companheiro.
O consórcio considerou unanimemente que o projecto deve prosseguir e dispôs-se a envolver-se directamente na procura de soluções para a continuidade, pedindo também à equipa que envolva o consórcio.
JCR informou que seria importante a contratação de uma pessoa do bairro, para a qual não há recursos financeiros, avançando desde logo o perfil da mesma. CM informou que o processo via CML é extremamente difícil mas sugere que ela pode ser integrada nos Tempos Livres, em período de férias escolares.
CC identificou uma pessoa que pode colaborar na limpeza do bairro e que já trabalhou na Portela através do programa ocupacional. AF diz que a junta assumiu que tinha sido decidido na última reunião que o Fundo de Desemprego pode mandar para o bairro uma pessoa da limpeza lá inscrita. AF disse que a associação pode candidatar-se e indicar uma pessoa directamente. SB perguntou se há ideias sobre a animação de sessões temáticas pelo agrupamento de escolas ficando decidido que CC e AC darão resposta a isso.
14-mar-07

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